
Quarta-feira.
Seis da tarde.
Entro num mundo calmo, suave, que me transporta ao pôr-do-sol de uma qualquer praia, de um qualquer sítio, onde me senti (sinto) bem. Perfume exótico no ar que entra e permanece em mim, quase uma brisa quente, envolvente, poderosa, suave.
O meu corpo deitado, nu, vulnerável, tenso, a mente ocupada com mil e uma e duas coisas e coisinhas a fazer...
Mãos quentes invadem-me, percorrem a minha pele, atingem a carne que se revolta antes de se deixar ir num arrepio quente, a mente liberta-se e não pensa, ou apenas no aqui e agora, nas carícias e cócegas que o corpo, antes tenso, recebe.
Mãos, apenas mãos me tocam, escorregam em mim, levam-me a flutuar num mar relaxante e quase orgásmico no qual apetece ficar. Definitivamente, indefinidamente.
.