segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Where the fuck did the sun go?

You are a waterfall
Waiting inside a well
You are a wrecking ball
Before the building fell
And every lightning rod
Has got to watch the storm cloud come.

And I’ve heard of pious men
And I’ve heard of dirty fiends
But you don’t often hear
Of us ones in between
And I’ve heard of creatures
Who eat their babies;
And I wonder if they stop
To think about the taste.

I saw the sun go down
Outside of Arkansas;
And I saw the sun come up
Somewhere in Illinois.
And in the darkness
I taught myself to hate.
But where were you, oh where were you?
And where the fuck did the sun go?

And I am a creature.
And I am survivin’.
And I want to be alone
But I want your body.
So when you eat me,
Mother and baby,
Oh baby, mother me,
Before you eat me.

And you should always pass
When you get the inside lane.
Don’t pull your hair out;
I won’t pull my hair out.
For I have never seen the sun
That did not bury his fears in the side of the world.
And the day is done.

You are a waterfall
Waiting inside a well
You are a wrecking ball
Before the building fell
And I will mutter like a lover
Who speaks in tongues, oh he speaks in tongues.
Oh I speak in tongues.

(She’s your mother; she’s got a lovely tongue.)

Us ones in between - Sunset Rubdown

domingo, 6 de dezembro de 2009

There's nothing wrong with us


Foda-se. Tenho dito.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Disarm

You do not belong here. You shouldn't have to breath. Not yet. You shouldn't have to be twisted around like a little something (someone) - that, indeed, you are. You aren't meant to be, no, this is too soon. I don't know what'll happen to you; if we ever meet again, i won't know you're you, nor you will know i'm me, for i have only stared at you for a few moments. I hope we will meet again, you special little someone - hoping that the brightness of the sun - that has now scared the rain away - will walk by your side every single day of your beautiful life.

Disarm - The Smahing Pumpkins

domingo, 29 de novembro de 2009

This wind, temptation


"Bem, 'tá visto que tens de pôr um carimbo na testa... É burra, ou quê?"

Pois. Não sabia. Não sabia mesmo. Sempre fora bem sucedido no bailado da sedução. Uns olhos do tamanho do mundo que pescavam quem neles tropeçasse, um sorriso malandro, umas piadas inocentes... inevitavelmente arrastava a presa consigo, deixando as ossadas para trás após obter o desejado. Não se prendia, não tinha paciência para isso, não lhe mereciam o empenho nem o tempo.
Mas esta... esta tinha algo de... diferente. Não conseguia fazer com que se rendesse. Incomodava-o, a sensação de uma conquista falhada. O jogo tornara-se obsessão, quase guerra, tinha de se provar a si mesmo. Os outros que se lixassem. A gaja tinha de ser dele. A obsessão crescera, pensava apenas no próximo passo, no próximo trunfo a jogar.
Não, nada funcionava.

A obsessão passara a desespero, a impotência.

"És um cabrão! Apaixonaste-te pela gaja!"

Sim, sentia-o. Queria a gaja. As ossadas não seriam deixadas ao abandono. Dele, para sempre dele.



This wind, temptation - David Fonseca

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

The empty threats of little lord

Gostava de repetir as palavras até à exaustão, ultrapassar o limiar em que significam algo, chegar às letras - ao som - ocas e vazias. Encontrava nesta manobra um refúgio da porcaria que lhe ia acontecendo, menos onerosa que o black out de uns copos de aguardente, ou de uma mão-cheia de hipnóticos. (À conta disso, tinha já ido parar ao hospital por diversas vezes, levou com tubos pela garganta abaixo, foi encafuado numa enfermaria com gente maluca... - não, isso nunca mais!)
Naquela hora incomodava-o a inutilidade que se sentia - e que era, vistas bem as coisas, que nem precisavam sequer de uma visão tão acurada, bem verdadeira; era mais do que inútil - era uma coisa invisível mas que custava e gastava ao planeta recursos tão necessários à sobrevivência das diversas espécies e da sua própria, num jogo de parasitanço infindável que, inevitavelmente, teria de findar. Este raciocínio era pesado por demais; contentava-se em sentir-se inútil, sem querer aprofundar a razão da coisa. Aliás, já nem se sentia inútil, de tanto ter repetido a palavra, as sílabas, os fonemas, o som... oco. O vácuo inundava-o e dava-lhe um bem-estar como não sentia há muito - como já não se lembrava de alguma vez ter sentido. Andava sem rumo pelas ruas da cidade, vendo mas não olhando, fazia-lhe impressão qualquer coisa que não sabia definir - seria a chuva miudinha? o vento que acordava por vezes? os pedintes a esticar a mão? os putos ranhosos que se julgavam gente? - enfim, vagueava em transe, perdido nas ruas e ruelas da cidade e da sua cabecita vazia de sentimentos e significados. Nunca lhe tinha acontecido chegar tão longe... estava mesmo em risco de se perder indefinidamente dentro de si, o nada que o preenchia era demasiado aliciante; chegavam-lhe ainda umas alucinações - memórias da vida que tinha (e que estaria prestes a deixar): o duplex no bairro in, decorado por quem percebia do assunto - enfim, um pequeno palacete, o automóvel que não era topo de gama mas pronto, a namorada que ia e vinha e ia e vinha, enquanto outras vinham e iam, o trabalho que lhe fazia cair todos os meses uma quantidade generosa de €€ - trabalho que fazia só porque era suposto, o health club que já fora terapêutico, os sítios que visitara, as putas que fodera,os jantares com a família nas alturas que tinham de ser...
"Inútil, inútil, inútil, inútil, inútil, inútil, iiinnnuuutttiiilllllll, --- --- --- --- --- --- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------"

Pronto. Estava feito. Abandonara de vez o mundo. Mas, porra!, não teve o mundo a sorte de ele ter morrido... não, inútil mas parasita, num qualquer sanatório, até ao final dos seus dias, que se adivinhavam longos.


The empty threats of little lord - Sunset Rubdown

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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Uprising

... mas ao contrário. Esta anedonia insiste em arrastar-me. *GRITO*
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domingo, 18 de outubro de 2009

All the pretty faces



"P'ó caralho!", ouve-se ressoar em todo o prédio, um grito que teria sido sussurro não quisesse ele ter uma saída em grande. Tudo tinha sido já desconversado, o sentido que nunca existira materializou-se de vez, humores trocados, carinhos esgotados, sorrisos falsos cansado de o serem.
A porta fecha-se com um estrondo. De repente, o silêncio. "P'ó caralho!", ela ainda ouve estas palavras, ter-lhe-iam ficado grudadas algures entre o ouvido e o córtex temporal, repetiam-se incessantemente. Queria chorar, gritar, desesperar, desistir... mas não conseguia. "P'ó caralho" já devia ter ele ido há muito, p'ó caralho que lhe ature as merdas, que lhe faça as vontades, que lhe lamba as botas e o ego. "P'ó caralho" vai e muito bem.
A chuva que caía ganhou o brilho que há muito ela já não via, a vontade de ir banhar-se nas gotas prateadas era apenas abafada pela chama do cigarro que lentamente consumia. "P'ó caralho", nem mais, um sorriso crescia-lhe dentro do peito, os pés finalmente seguros em terra firme, janelas e portas abertas deixavam entrar a chuva, sentia-se inundada de uma luz libertadora, sentia-se leve, todas as forças do mundo nela convergiam, nada a podia impedir de um "reset", de um final feliz à sua medida, finalmente a libertação e a vitória.



Um sobressalto, abre os olhos estremunhada, sente a seu lado o calor insuportável de um corpo que já há muito a repugna.


Levanta-se, veste-se, puxa um cigarro e fecha a porta silenciosamente. Um murmúrio escapa-se por entre os lábios sorridentes. "P'ó caralho!".


All the pretty faces - The Killers

domingo, 4 de outubro de 2009

Hard 2B the bastard


Where am i located in the hot.vs.crazy line? Way above... the what?

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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Moonlight serenade


Soube realmente o que é estar sozinha rodeada de tanta gente. Às voltas no escuro, tentando não tropeçar, ouvindo uma música longínqua que inquieta a alma e arrepia o corpo, vendo a luz, vendo a saída, querendo, necessitando, DESESPERADAMENTE, de escapar.

O local, tão familiar quanto desconhecido, zero, não pertenço aqui, hoje não, agora não, por favor deixai-me ir... deixai-me sair rumo à neblina escura, deixai-me ser envolvida por ela, sentir o ar frio e húmido entrar no meu corpo, sentir todos os pêlos erguerem-se tentando proteger-se da temperatura que parece baixa... mas não, não está frio, o ar que me rodeia e no qual me sumo - me quero sumir, desesperadamente! - é a brisa suave da libertação, sabe a asas.

Ninguém, ninguém repara, ninguém olha, ninguém liga, ninguém sente o grito rouco e cansado de uma voz, quero sair, tanta gente e... nada... sozinha, estou sozinha, ninguém me acode, tenho de ser eu, por mim. Quero dormir, estou cansada, mas não, não me posso render, tenho de sair daqui.


Finalmente, uma luz. Um toque e estás quase livre. Atravessas, com um sorriso envergonhado e aliviado, os corredores luminosos.

Para a próxima já sei. Tenho de sair pela porta da urgência.
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domingo, 13 de setembro de 2009

Praying for a riot


Onde andas, coração malvado? Não voes... não fujas... Deixa-te flutuar... o acaso levar-te-á aonde te esperam.
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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

I'm going slightly mad

Os blackouts dão cabo de mim. Is it real, is it not?
Agradecia um glimpse de qualquer coisa.
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quinta-feira, 30 de julho de 2009

Gold for the price of silver




Quarta-feira.

Seis da tarde.

Entro num mundo calmo, suave, que me transporta ao pôr-do-sol de uma qualquer praia, de um qualquer sítio, onde me senti (sinto) bem. Perfume exótico no ar que entra e permanece em mim, quase uma brisa quente, envolvente, poderosa, suave.

O meu corpo deitado, nu, vulnerável, tenso, a mente ocupada com mil e uma e duas coisas e coisinhas a fazer...

Mãos quentes invadem-me, percorrem a minha pele, atingem a carne que se revolta antes de se deixar ir num arrepio quente, a mente liberta-se e não pensa, ou apenas no aqui e agora, nas carícias e cócegas que o corpo, antes tenso, recebe.

Mãos, apenas mãos me tocam, escorregam em mim, levam-me a flutuar num mar relaxante e quase orgásmico no qual apetece ficar. Definitivamente, indefinidamente.

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Give it to me



Há mulheres que não se medem aos palmos.
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domingo, 26 de julho de 2009

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Who's your mommy

Estar com um bebé de 28 dias ao colo, junto ao peito, sentir-lo quase meu... eh pá, o meu não-tão-falecido instinto maternal veio à tona.

Mas depois o puto borrou-se. E o puto a seguir deu-me cabo dos tímpanos de tanto berrar. E o meu muy efémero "instinto maternal" foi-se. Aleluia, praze the lord!
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A glimpse of ..

Porque há momentos, fracções de nano-segundos em que me sinto completa, nada me falta, sou feliz. Por momentos de pura "clarividência" (ou pura ilusão...), de plenitude... por isto, vale a pena.
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sábado, 4 de julho de 2009

Dreaming of revelry



Quando faltam as palavras, os gestos, o calor, a força, a paixão... que resta?
Tanta, tanta coisa!
Temos é que abrir os braços... e soltar o que temos preso.
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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Cano entupido

Mecónio, a mais pura merda. Literalmente.
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terça-feira, 30 de junho de 2009

Olé!



Ok, ok, He's got my number and..
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You can't, you can't want me
Baby here i am,
Either you make the time,
Or just forget me.
I'm not, i'm not, trying to run your life
Thats why thats why i'm nobodys wife.
But when i want, when i want it, you gotta be ready.

I don't want it all the time,
but when i get it i, better be satisfied
so give it to me right,
or don't give it to me at all
I don't think you understand,
how real it is for me to find a man who thinks he can,
so give it to me right,
or don't give it to me at all

On time, on time, i expect you to be,
all mine, all mine
Baby in my fantasy, you can't get it right
Then just forget me.
No ways ok, for you to go around,
Uh Uh today you better make a touch down,
you know what i like, won't you except it.

I don't want it all the time
but when i want it, you better make me smile
So give it to me right,
or don't give it to me at all.
I don't think you understand,
If you can't please me, i know some one who can
so give it to me right,
or don't give it to me at all.

This is the real life baby,
This is the life that makes me say,
Yeah, yeah, yeah, yes
This is the real thing baby,
When im alone, i can make me say
Yeah, Yeah, Yeah, Yeah, Yeah

I don't want it all the time
But when i want it, you better make me smile
So give it to me right,
or don't give it to me at all.
I don't think you understand,
If you can't please me, i know someone who can
So give it to me right
Or dont give it to me at all

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Fuerte, cariño




Ah, Mallorca...

10 pontos a reter (independentemente dos erros ortográficos):

1. areia.... mar.... sol.... papo-pró-ar..... AAAAAAAAAAAAAAAAH....
2. pipi e miriam se han roto... oooooooooooh....
3. aaaaah, formentor, formentor...
4. lo guapão azul... OOOOOOOOOOOOOOOOOOH... si!
5. "tieno ganas de cagar"... aaaaaaaaaaaaah! (wasn't me:D)
6. inca "market".... jueves, coño!!! Pero re-Camper todos los dias, oh si :)
7. asneiras só em castelhano/inglês/alemão/inventadas... invasão tuga!
8. o Tiaguinho não faz barulho nem acorda as pessoas decentes às tantas da madrugada, podre de bêbedo, pq tem praí 3 anitos!!!!!
9. carelho no, carelho!
10. the ARDs are good boys, after all... aaaaaaaaaaaaaaah m*ado, s*ado, t*o, j*y, f*o, and soy ons :)

(Nota mental: pra repetir, com mais tempinho... si, cariño? guapão azul, me aguarde que eu volto!)

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Just do it

Teoria:
Prática:


terça-feira, 2 de junho de 2009

Shut up i'm dreaming


Renasce em mim

Mostra como ama alguém
Que precisa de mim
Para mostrar o melhor que tem


Felicidades a quem de direito! Do fundo do coração.

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terça-feira, 26 de maio de 2009

Old school memories - ou o fado de caloira

A banana, a banana
Vou comê-la, vou comê-la
A banana, a banana
Vou comê-la, que bom que é

Segurar a banana
Descascar a banana
Pegar com jeitinho na banana
Afagar a banana
Comer a banana
Voltar a afagar a banana
Voltar a comer a banana
Voltar a afagar a banana
Voltar a comer a banana
Voltar a afagar a banana
Voltar a comer a banana
.... ....
Voltar a comer a banana
... ...
Engolir a banana

...que bom que é!

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domingo, 24 de maio de 2009

Pessoa revisited

Valeu a pena?

Tudo vale a pena, se a pila não é pequena.

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Drugs don't work

"Compensar:
1. Estabelecer compensação.
2. Indemnizar.
3. Equilibrar.
4. Suprir a falta de."

Descompensar:
todos os anteriores com um não atrás; a definição de spider redshoes, se de um verbo se tratasse.




sábado, 23 de maio de 2009

No breaks

Coimbra é uma espécie de porn-star. Sempre, mas sempre, esburacada. 500 vezes no mesmo sítio... e sempre de seguida.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Assistente social

"...É um profissional que visa, sobretudo, promover a mudança social através da preservação, promoção e defesa dos direitos humanos e da justiça social."

ou, então, no caso concreto,

"pessoa que de profissional nada tem, que desconhece os conceitos "mudança/justiça social", que, basicamente, não mexe uma palha para ajudar quem, REALMENTE, necessita; pessoa que faz do "engonhanço" uma arte; enfim, pessoa irascível e que dá mau nome à classe profissional em que, supostamente, se insere".

Já me chateei demais por causa disto. Ou, quiçá, de menos!

Para abrir

Eis-me regressada à teia, com nova pujança, com o mesmo grau de insanidade.

O título do blog? Explicá-lo-ei noutra altura, se o conseguir, com a facilidade e fluência de discurso que os que me conhecem sabem que possuo... ou então não... não sei... sei que o definitivo é utópico para quem o queira, ilusão ou miragem; acredito apenas no "definitivo" referido à condição humana, ao ser, esse sempre, e por mais que se não queira, esse sempre com um algo grande de indefinição, uma definição indefinida... O ser humano é uma indefinição. É um caos, um turbilhão, um vidro fosco, milhares de biliões de electrões e partículas mais pequenas ainda a voar ao calhas, ao sabor de qualquer coisa que não se sabe, não se conhece, não se molda, não se explica. Somos tão concretos quanto etéreos... somos 1+1 mas não somos 2, somos uma equação interminável, somos um zero absoluto, somos um "ai" da natureza. Somos, sou!, definitivamente, uma indefinição. Jeitosa!, mas indefinida...

E aqui termino, sabendo que já vos confundi (e também a mim).


(Afinal tentei explicá-lo - ao título - agora! Sempre ao sabor de qualquer coisa...)